Desde que a Ford anunciou em janeiro o fim das atividades no Brasil, os Sindicatos da categoria tentam evitar demissões ou garantir indenizações justas aos trabalhadores.
Em Taubaté, interior paulista, os metalúrgicos aprovaram terça, 6, a adoção de Plano de Demissão Incentivada (PDI). A proposta é resultado de acordo com a montadora, após 25 reuniões de negociação com o Sindicato da Região, o Sindimetau.
Na apuração, foram registrados 336 votos favoráveis à proposta (53,33%) e 291 contrários (46,21%). Houve ainda dois votos em branco e um nulo. A Ford Taubaté conta com cerca de 800 trabalhadores diretos.
Além das verbas rescisórias, o plano estabelece indenização de dois salários adicionais por ano trabalhado para os horistas; e um salário adicional por ano trabalhado para os mensalistas. Também prevê a abertura de um programa de qualificação, para auxiliar na recolocação profissional.
“A indenização é uma compensação aos trabalhadores pelo encerramento das atividades da Ford em Taubaté”, afirma em nota o Sindmetau, presidido por Claudio Batista, o Claudião.
Camaçari – Assim como Taubaté, o Sindicato de Camaçari (STIM), firmou acordo para garantir a continuidade das tratativas e assim impedir a demissão dos trabalhadores até o fim das negociações coletivas.
No entanto, em Camaçari, a montadora tem tentado reverter, por meio da Justiça, o acordo firmado no Tribunal Tribunal Regional do Trabalho da 5° Região (TRT-5), com intermediação do Ministério Público, MPT.
Segundo Júlio Bonfim, presidente do STIM, com essa postura, a Ford coloca em risco todo um esforço em torno da construção de um acordo entre as partes.
“São desafios que temos enfrentado junto à montadora, mas que não diminuem a determinação e a força dos dirigentes sindicais na mesa de negociação. Vamos seguir fortes. Essa é a nossa luta”, garante o presidente.
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