Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Brasil bate recorde de mortes enquanto Bolsonaro brinca com o Exército

Funcionário passa por meio de sepulturas no cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus (AM) Imagem: Michel Dantas - 25.fev.21/AFP
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Enquanto o presidente da República gasta tempo e energia para o comando das Forças Armadas seja usado para ameaçar quem se opor a ele, o país que governa (sic) registrou 3.668 mortos por covid-19 nas últimas 24 horas. Um novo recorde.

É como se cinco brasileiros morressem a cada dois minutos empregados por Jair Bolsonaro para exigir a cabeça do comandante do Exército, Edson Pujol, ao novo ministro da Defesa, general Braga Netto. Afinal de contas, Pujol não era tão chegado no Twitter quanto seu colega, o general Villas Bôas.

Ou 153 mortos a cada hora utilizada pelo presidente para explicar ao novo ministro da Justiça, delegado Anderson Torres, sobre seu desejo de reorganizar a polícias do país sob o comando do governo federal. Sim, uma guarda pretoriana seria ótima para ajudar a torturar resultado de urnas.

Escalando uma montanha de 317.936 mortos, que ostenta a plaquinha “Obra realizada sem obrigação de Jair Messias”, e tendo que carregar a falta de perspectiva para o fim da pandemia por conta de sua omissão na compra de vacinas em 2020, ele se encontra acuado . E, quando está enfraquecido, ataca. E o ataque é usado para afugentar, mas também como cortina de fumaça.

Por mais que a possibilidade de um autogolpe de Estado seja (ainda) improvável, uma imprensa vai sempre jogar holofotes quando um presidente da República flerta com isso acintosamente. Você não cobriria um chefe de governo que fizesse cocô em praça pública?

O Congresso Nacional também é abduzido nesse redemunho. Poderia dedicar mais do tempo em pelo aumento do aumento no valor a ser pago pelo governo como auxílio emergencial , cujo piso será de míseros R $ 150 – suficiente para comprar apenas 23% de uma cesta básica em São Paulo, segundo o Dieese. Mas tem que fiscalizar o comportamento dos golpistas do presidente e de sua base.

O líder do PSL, Major Vitor Hugo, tentou pautar um projeto que aumenta os poderes de Bolsonaro durante uma pandemia. É claro que os outros líderes iriam barrar uma ideia, como definida a fazer, mas isso já foi suficiente para roubar tempo precioso. Da mesma forma, haveria muito mais tempo para políticas públicas se deputados não precisassem se preocupar em denunciar a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Bia Kicis (PSL-DF), à Comissão de Ética por ter incitado motim junto aos policiais da Bahia.

Bolsonaro já avisou que não usará o “meu exército” (como se quartel tem virado loja de chocolates …) para garantir lockdowns a fim de reduzir a propagação do coronavírus . E, se pudesse, colocaria tropas na rua contra medidas de isolamento rígido. Como não pode, ele e seus apoiadores vão criando formas de ameaçar Estados e municípios. Incitação de policiais na Bahia foi uma delas. Trocar o comando das Forças Armadas por pessoas dispostas a atuar politicamente a seu favor, outra. A capivara é longa.

Se uma CPI da Pandemia ficou mais distante com a queda do chanceler Ernesto Araújo e a nomeação da deputada Flávia Arruda, do PL de Valdemar da Costa Neto, como ministra-chefe da pasta responsável pela articulação política, o impeachment então -se peça de ficção. Ainda mais porque a reforma ministerial não para aí. Bolsonaro deve colher indicações entre deputados e senadores, pagando o contrato no contrato de leasing que elaborado com o centrão.

Bolsonaro daria um autogolpe de Estado se pudesse, se possível. Mas, neste momento, o que precisa é segurar as pontas neste momento de maior pressão sobre ele, desviando das acusações de omissão e irresponsabilidade e fazendo a conta que ele não tornou possível a segunda onda de pandemia de um tsunami.

Foi assim na primeira onda, no ano passado, quando flertou com o autogolpe em cima de carros de som para multidões que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo. É assim agora com as Forças Armadas. Daí, a tensão se reduz. Até a chegada da terceira onda.

A questão é quantos brasileiros mais vão precisar por essa estratégia de manutenção de poder?

www.noticias.uol.com.br /Leonardo Sakamoto

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