Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Privatização da BR Distribuidora e Liquigás piorou a vida dos trabalhadores

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Após a privatização da BR Distribuidora, em 2019, e da Liquigás, em 2020, o número de trabalhadores dispensados chegou a 50%. Além disso, muitos perderam direitos trabalhistas e tiveram redução de salários. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Sitramico-MG), Leonardo Freitas.

Freitas foi o convidado do Coletivo de Formação da CTB-MG que promoveu, na quinta-feira (25), de forma virtual, o encontro “Conversando com a base”. Além dele, participaram a presidenta da CTB-MG, Valéria Morato; o secretário de Formação da CTB-MG, Jota Lacerda; o secretário-geral, Gelson Alves da Silva e dezenas de outros dirigentes sindicais.

O presidente do Sitramico-MG afirmou que “a privatização dessas empresas foi um duro golpe para os trabalhadores. A relação capital x trabalho mudou drasticamente”.

Leonardo Freitas ainda chamou a atenção para a falta de equipamentos mínimos de segurança para os trabalhadores, como a máscara.

Segundo ele, muitos trabalhadores também resolveram aderir a programas de demissão após a privatização. “Essa é a nossa realidade neste momento”, disse ele.

Aqueles que permaneceram enfrentam quadros de doenças emocionais e intimidação dos patrões.

“Essa é outra reflexão que precisamos fazer. Existe uma intolerância muito grande atualmente, com alguns sinais de fascismo na nossa sociedade”, alertou Freitas.

Preço nas alturas

Em algumas revendedoras de gás de cozinha, o botijão chega a ser comercializado a R$ 90 reais.

Já a gasolina, o aumento neste ano é maior que a alta do salário mínimo no Brasil, conforme noticiou o jornal O Tempo.

“O valor médio do combustível subiu cerca de 7,7% nos postos, enquanto o salário mínimo teve reajuste de 5,26%. Acumulados, os aumentos somam 41,5%”, destacou a publicação.

O economista Paulo Casaca, professor do Ibmec, lembra que os combustíveis têm participação significativa no cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação nacional, por isso o aumento desses produtos tende a afetar grande parte dos demais.

“Movimentos no preço da gasolina são muito importantes para a inflação, porque, além de ser um item que todo mundo usa direta ou indiretamente, o transporte de mercadorias depende de combustível”, explicou ele para o jornal.

www.ct.org.br / Anderson Pereira, com informações de O Tempo / foto: divulgação/internet

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