Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sábado, novembro 23, 2024
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Oito montadoras de veículos suspendem produção no país por causa da pandemia

Produção da montadora Toyota no Brasil / TOYOTA / DIVULGAÇÃO
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Mais quatro montadoras anunciam paralisação da produção  em todas as suas unidades do país, ampliando para oito o total de fábricas com atividades suspensas por causa do agravamento da pandemia de Covid-19

As montadoras japonesas Toyota e Nissan, a francesa Renault  e a alemã Volkswagen Caminhões (VWCO) foram as quatro últimas montadoras a aderirem à suspensão de atividades de suas produções diante do agravamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já matou mais de 300 mil pessoas no Brasil. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (25).

Com isso, chega a oito o número de montadoras instaladas no pais que paralisaram suas atividades, afetando cerca de 45 mil trabalhadores e trabalhadoras, que deixarão de exercer suas atividades presencialmente.

Desde a semana passada, anunciaram a suspensão da produção a Volkswagen (quatro unidades) e as fabricantes de caminhões Mercedes Benz (duas unidades ) e Scania  (uma unidade). Também já havia anunciado a interrupção das atividades a General Motors.

Volvo que possui apenas uma fábrica no Brasil, em Curitiba (Paraná), reduziu a produção em 70% e colocou parte do pessoal em casa. A empresa sueca possui em torno de 3,7 mil funcionários, sendo que  quase 1,5 mil deles, dos setores administrativos, já estão trabalhando em regime de home office.

As empresas afirmam que a suspensão das atividades foi negociada junto aos sindicatos dos trabalhadores da categoria, e que seguirão as normas e medidas das autoridades municipais e estaduais para contribuir com o isolamento social, em um momento no qual o número de casos de contaminação cresce e os hospitais estão lotados.

A decisão da Volks foi tomada em conjunto com os sindicatos locais, em reunião realizada na semana passada entre a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), que reforçou a necessidade urgente de paralisação das fábricas devido ao avanço da pandemia, que só no ABC Paulista já matou mais de 5 mil pessoas.

Leia Mais: Volks suspende produção e sindicato luta por paralisação total contra Covid 

Renault vai interromper as atividades na fábrica de São José dos Pinhais (PR) e os trabalhadores das áreas administrativas seguem em home office.

Toyota informou que as suas quatro fábricas localizadas em São Bernardo do Campo, Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz, todas em São Paulo, por até 10 dias corridos, com início a partir de segunda-feira (29). As atividades serão retomadas no dia 6 de abril em Indaiatuba e no dia 5 nas demais unidades. A Toyota tem 5,6 mil trabalhadores no Brasil.

Em nota a montadora diz que “a medida tem como objetivo contribuir com a redução da circulação de pessoas no momento mais crítico da pandemia no país, além de atender a antecipação de feriados por parte de autoridades em algumas dessas regiões”.

Nissan, com fábrica em Resende (RJ) fará uma paralisação mais longa, de 15 dias, com início já a partir desta sexta (26). Em nota, a Nissan informou que decidiu adotar férias coletivas no período de 26 de março a 9 de abril, retomando a produção no dia 12.

Segundo a empresa, a medida tem como objetivo “garantir a segurança de seus funcionários como parte do esforço de reduzir o impacto da pandemia, adaptar a empresa ao cenário atual dos desafios enfrentados pelo setor automotivo e garantir a continuidade do negócio”.

Na Volkswagen Caminhões (VWCO) a suspensão da produção começa a partir de segunda (29) e vai até 4 de abril. A medida afeta 3,5 mil trabalhadores, exceto os que trabalham em serviços de manutenção. A VWCO diz que além da pandemia, enfrenta situação crítica de desabastecimento de peças.

www.cut.org.br / com informações do O Estado de São Paulo

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