Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
Notícias

#14M: Ações por Justiça à Marielle se espalham pelo Brasil e no mundo

Parlamentares de todo país irão propor que dia 14 de março se torne Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
663views

De faixas a plantio de árvores, manifestações lembraram o legado da vereadora e clamaram por respostas ao assassinato

Ouça o áudio:

O 14 de março se tornou dia de luto e luta das mulheres no Brasil e no Mundo. Neste domingo, a execução de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes completou três anos sem a identificação do mandante do crime.

Parlamentares, movimentos sociais, amigos e familiares da vereadora do PSOL realizam hoje,  ações nas ruas e nas redes sociais para pedir por Justiça pelo assassinato brutal que marcou a história do país.

Para muitos, o assassinato foi um ataque à democracia, e uma tentativa de silenciar uma voz que clamava pelos direitos da população negra e periférica, das mulheres, e das pessoas LGBTQIA+.

“Não podemos ficar caladas e precisávamos agir de alguma forma para seguir denunciando esse crime e contando justiça, mesmo nesse contexto de pandemia, de altos índices de contaminação, em que não podemos estar nas ruas coletivamente. por isso as mulheres do PSOL se uniram em todo país para somar-se as ações nesse dia 14 de pressão para que o caso tenha celeridade”, aponta a jornalista Simone Nascimento, que esteve a frente das ações de hoje do PSOL, em São Paulo (SP).

Já para a professora Rose Cipriano, vinculada ao partido de Marielle no estado do Rio de Janeiro, as ações de hoje são fundamentais diante do silêncio que perdura após 3 anos sem resolução das investigações.

“O 14 de março significa manter viva a memória e a luta por justiça que marcaram a vida e a trajetória de Marielle Franco. Neste duro momento de pandemia, as imagens de Marielle falaram por nós” afirma.

Até o momento, somente o sargento aposentado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz foram detidos. Eles estão presos desde março de 2019 e irão a júri popular.

Confira como foram as ações do #14M no Brasil e no mundo:

Em São Paulo (SP), na região da Avenida Paulista, mulheres parlamentares do PSOL fizeram ato simbólico, pedindo justiça para Marielle e Anderson.


Ação das parlamentares do PSOL-SP, em memória a Marielle / Annelize Tozetto

Na ponte de Westminster, em Londres, capital da Inglaterra, o ato ‘Justice for Marielle’ foi uma ação conjunta dos coletivos Amazon Rebellion, Brazil Matters, Democracy for BRASIL e UK Tambores Livres.


Ato ‘Justice for Marielle’ , em Londres / Francisco Santos

O comitê Lula Livre de Genebra, na Suíça, escolheu se manifestar em frente à ONU, em homenagem à Marielle.


Ato por Marielle em Genebra, Suíça / Comitê Lulalivre Genebra

No Alto Sertão de Alagoas, a Brigada José Elenilson, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), também cobrou justiça pelo assassinato.


Mulheres do MST em luta por Marielle / MST em Alagoas

Mulheres do assentamento Fidel Castro, em Joaquim Gomes (AL), também denunciaram o crime e celebraram o legado da parlamentar.


Mulheres do MST unidas por Marielle/ MST

Em Governador Valadares (MG), alimentos saudáveis e roupas foram doados no Residencial Sertão do Rio Doce. Na ocasião, foi debatido a história e o legado de Marielle.


Mulheres sem terra, em Alagoas / MST

Nos estados do Ceará e na Paraíba, as mulheres sem-terra plantaram árvores em homenagem a Marielle e cobrando respostas ao caso que segue impune.


Plantio de árvores / MST

No assentamento Dandara dos Palmares, em Campos dos Goytacazes (RJ),  ipê, abacate, laranja, limão, romã e café foram plantados no Bosque Marielle Franco, construído neste domingo (14).


Acampamento Noelton Angélico, em Brazlândia (DF) / MST

No Aterro do Cocotá, na Ilha do Governador (RJ), foi inaugurado o Bosque Marielle Franco, para celebrar a vereadora e a “esperança de que suas sementes continuem florescendo”.


Ação hoje no Aterro do Cocotá / Comunicação MST no RJ

A Campanha de Solidariedade da Escola Nacional Paulo Freire, que reúne organizações como Levante Popular da Juventude, MTD, MST, Rede de Cursinhos Podemos+ e Consulta Popular, realizou o Marmitaço “Por Marielle, pela vida, Mulheres contra a fome, Fora Bolsonaro” neste domingo. Foram 300 marmitas distribuídas nos bairros Boqueirão e Jardim São Savério, na periferia de São Paulo.


Ação da Escola Nacional Paulo Freire, hoje (14), na zona sul de São Paulo (SP) / Comunicação – Campanha de Solidariedade Periferia Viva

A noite deste domingo (14), em diversas capitais brasileiras, também foi de projeções para lembrar Marielle e os três anos de impunidade.


Projeção por Marielle, em São Paulo (SP) / Annelize Tozetto

Deixe uma resposta