Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Bolsonaro perde e a vacinação contra Covid-19 começa

Enfermeira Monica Calazans
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Mesmo contra a vontade do presidente e do governo, a vacinação começou, justamente quando o país registra cerca de 210 mil mortes, com mais de 8,5 milhões de infectados. Agora, a tendência é fazer a imunização avançar por todas as faixas etárias, Brasil afora, principalmente no interior, o mais rápido possível. Derrotar os dois vírus: Bolsonaro e a Covid.

Na Bahia e em Salvador a vacinação deveria começar nesta segunda-feira (18/01), mas o Ministério da Saúde atrasou a entrega, portanto a previsão é iniciar nesta terça-feira (19/01) mesmo. É importante a sociedade continuar pressionando, para que não haja interrupção no processo sob a alegação de falta de vacina ou de seringa.

Muito claro o motivo de tanta sabotagem não apenas contra a vacinação, mas a todo trabalho de prevenção e combate à pandemia. Bolsonaro, o governo e as elites que os sustentam são bem piores do que a Covid-19. Além de matarem mais, fazem um mal terrível ao processo civilizador.

Em todo o país é possível ver a alegria da sociedade com o início da vacinação. Um fio de esperança para uma nação cujo presidente não esconde a satisfação em fazer o povo sofrer. Não em vão o movimento Fora Bolsonaro cresce em todas as regiões.

www.bancariosbahia.org.br

Enfermeira Monica Calazans de 54 anos é a primeira brasileira a receber dose da vacina coronavac, 17 de janeiro em São Paulo

Perdeu, Bolsonaro

Artigo de  Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho

Bolsonaro se acha muito esperto. Pensa que pode enganar a todos durante todo o tempo, com suas crendices e mentiras.

Posa de machão, mas tomou uma surra de fazer bico nesse domingo, de onde menos podia esperar: da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), cujos diretores escolheu a dedo para boicotar a “vacina chinesa do Doria”, a única que o Brasil tem até o momento para vacinar a população.

A Anvisa não só aprovou a Coronavac, por unanimidade, como enterrou as “alternativas terapêuticas” do presidente com o “tratamento precoce” da cloroquina, decidindo que a vacina é a única forma eficaz de prevenção contra o coronavírus.

Covarde, até o momento em que escrevo, o capitão não apareceu para comentar o julgamento da Anvisa, e mandou seu general da Saúde, coitado, passar o vexame de entrar ao vivo na televisão, depois de João Doria celebrar a primeira aplicação de vacina em solo brasileiro na Mônica Calazans, uma enfermeira negra de 54 anos, que mora em Itaquera e trabalha na UTI do hospital Emílio Ribas. Bolsonaro não apareceu na foto que ele tanto queria.

“Nós poderíamos iniciar por marketing a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os brasileiros o Ministério da Saúde não fará isso”, balbuciou Pazuello.

Nem poderia, já que até a decisão da Anvisa, o Ministério da Saúde não contava com uma única a vacina para aplicar, depois que fracassou a “Operação Índia”, para trazer às pressas de Mumbai 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, a esperança de Bolsonaro de aparecer como salvador da pátria no evento marcado para o Palácio do Planalto, às 10 horas de quarta-feira.

Primeira indígena- Logo após a primeira dose ter sido aplicada, foi a vez da primeira indígena ser imunizada contra a covid-19. Vanuzia Costa Santos, de 50 anos, é moradora da aldeia multiétnica

Perdeu, Bolsonaro.

Teu inimigo João Doria, que você tanto teme em 2022, é acusado de ser um marqueteiro, com toda razão, mas ele é bom nisso. Só consegue vender quem tem um bom produto para oferecer, e ele tinha a vacina do Instituto Butantan, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por uma competente equipe liderada pelo grande médico e cientista Dimas Covas, um brasileiro que merece nossa admiração.

Doria fez barba, cabelo e bigode em Bolsonaro, como se dizia antigamente, quando um jogo terminava 7 a 1, como o da Alemanha contra o Brasil.

Ninguém melhor do que Mônica Calazans poderia representar os profissionais de saúde e a mulher brasileira, uma batalhadora que só se formou em enfermagem com mais de 50 anos e foi voluntária quando o governo de São Paulo convocou profissionais da área no começo da pandemia.

Até o último momento, o governo federal, por meio da Advocacia Geral da União, tentou impedir que isso acontecesse, ao solicitar à Anvisa para só permitir a aplicação da vacina após a publicação de um termo de compromisso do Instituto Butantan no Diário Oficial da União, atendendo a um detalhe burocrático.

Suprema humilhação para Bolsonaro e Pazuello é que só poderão dar início ao Programa Nacional de Imunização, na quarta-feira, com vacinas do Butantan, daquele comunista do João Doria, tão vilipendiadas pelo governo federal. As vacinas vindas da Índia ninguém sabe ainda quando vão chegar.

Detalhe: as duas vacinas dependem de insumos fornecidos pela China, que ofereceu ajuda financeira ao Amazonas, o Estado mais castigado pela pandemia, onde o general Pazuello esteve por três dias na semana passada, oferecendo cloroquina para todos.

Figura patética, o ajudante de ordens de Bolsonaro pelo menos dá a cara para bater.

Mais perdido do que cachorro em dia de mudança, o general de divisão três estrelas da ativa do Exército, faz qualquer coisa para não perder o cargo e o soldo dobrado. Acha que está cumprindo uma “missão”.

Não importa. O que vale é termos agora uma vacina aprovada para voltarmos a ter esperança de sobreviver à pandemia.

Hoje vou dormir mais tranquilo, sabendo que, no dia 15 de fevereiro, vou poder receber a vacina, de acordo com o cronograma para idosos de 70 a 74 anos.

Vocês ainda vão ter que me aguentar por mais algum tempo…

Vida que segue.

www.ctb.org.br

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