Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Quase 60 mil brasileiros morreram de Covid-19 em apenas três meses

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Mais da metade das vidas perdidas para a doença foram registradas em junho – das 59.594 vítimas de março a junho, 30.280 foram confirmadas neste mês

Com o crescimento de mortes e casos confirmados de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, na região Centro-Oeste e Sul, o Brasil fechou o mês de junho com 59.594 vidas perdidas e 1.402.041 pessoas infectadas pela doença. Nesta terça-feira (30), 1.280 mortes em 24 horas foram confirmadas pelo Ministério da Saúde. O número de óbitos mais do que triplicou na Região Centro-Oeste, de 547 para 1.783 até esta terça.

Mais da metade das mortes por coronavírus registradas no país aconteceu em junho – 30.280 -, segundo o Ministério. No total, o aumento foi de 59,88%  desde 8 de junho.

Mas, o maior aumento de mortes foi na Região Centro-Oeste, onde a  disseminação da doença vem sendo impulsionada, em grande parte, pelo aumento da curva de casos observados no Mato Grosso, que registrou quase 400% mais pessoas mortas nesse período; Mato Grosso do Sul, que registrou nesta terça mais 76 óbitos, totalizando 230 vidas perdidas, aumento de 245,45%; e em Goiás, que chegou a 491 casos fatais nesta terça, o aumento foi de 183,82%.

No Nordeste, o percentual de mortes foi de 64,05%; no Norte, 34,87%; e no Sudeste, 59,44%.

A Região Sul tem o maior número de casos confirmados da doença entre os estados brasileiros. O total de pessoas contaminadas aumentou 123,77% nesse período.

Na Região Sudeste, a curva de mortes dá sinais de desaceleração apenas no estado de São Paulo. Os dados de junho ficaram abaixo da previsão feita para o fim do mês pelo governo estadual.

Na cidade de São Paulo ocorreu uma redução de 17% no número de vítimas fatais e 10% nas internações. Já na Baixada Santista os índices são ainda melhores e houve diminuição de 22% nos óbitos e 13% nas internações.

O Rio de Janeiro superou a marca de 10 mil mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus nesta terça-feira (30). De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, foram 232 novos óbitos registrados nas últimas 24 horas, elevando o total acumulado para 10.080. O total de infectados pelo coronavírus chegou a 112.611 – desses, 93.423 são considerados como recuperados.

Nordeste reabre economia

Mesmo com capitais ignorando a ocupação total de leitos da UTI, o Nordeste vai reabrir a economia nas capitais. A região é a segunda com maior número de casos de Covid-19 no país.

Os nove estados da região têm 480 mil casos e 19.278 mortes confirmadas pelas secretarias estaduais de saúde. Oito dos nove estados estavam ontem com mais de 70% dos leitos de UTI ocupados.

A recomendação é que locais aonde a ocupação de leitos de UTI chegue a 80% devem, ao contrário de reabrir, decretar isolamento mais rígido (o lockdown) para assegurar que não faltem vagas, segundo o comitê científico do Consórcio Nordeste.

O Rio Grande do Norte, estado com a maior taxa de ocupação de leitos de UTI da região, o governo vem sendo bastante contestado pela retomada das atividades econômicas. Cerca de 95% dos 154 leitos públicos estavam ocupados nesta terça. Na rede privada, a ocupação chega a 90% das 111 vagas de terapia intensiva.

Em Alagoas, o índice de ocupação de UTIs até esta terça-feira (30) era de 83%.O governador Renan Filho (MDB) também anunciou que Maceió inicia a retomada da economia no próximo sábado (3), com reabertura de comércio de rua, salões de beleza e igrejas —estes dois últimos de forma limitada.

No Maranhão, São Luís foi a primeira capital do país a decretar o lockdown. A cidade reabriu a economia, no dia 25 de maio, com a reabertura do comércio. A cidade reabriu no fim de semana bares e restaurantes na Grande São Luís. Na região metropolitana da capital, a ocupação de leitos —que já foi de 100%— estava ontem em 79%.

Em mensagem pelo Twitter nesta quarta-feira (1), o governador Flávio Dino (PcdoB) afirmou que o estado está há 17 dias com ritmo do contágio baixo. “Ou seja, mantemos a tendência de queda no número de casos ativos. Reiteramos a imperatividade de que todos cumpram as normas sanitárias”.

Já no Ceará, Fortaleza entrou em uma segunda fase no dia 22 de junho, autorizando o início de novas atividades, com restaurantes atendendo com horário restrito. Entretanto, no interior várias cidades seguem com alta no número de casos e decretos de isolamento em vigor. No estado, a taxa de ocupação de leitos de UTI estava ontem em 69%.

Em Pernambuco, na Grande Recife, comércio de rua, salões de beleza, concessionárias e locadoras de veículos voltaram a funcionar desde o dia 15 com algumas restrições.

No dia 22, shoppings abriram também com limitações e apenas nas regiões da zona da mata e agreste seguem com restrições rígidas de isolamento. A ocupação de leitos de UTI estava em 77% em todo o estado.

A Paraíba tem 62% dos leitos de UTI ocupados. Na capital, João Pessoa, a flexibilização já está valendo com regras de distanciamento social desde o dia 15. A segunda fase do plano de flexibilização entrou em vigor na segunda-feira (29), liberando escritórios de profissionais liberais, além dos treinos para atletas profissionais e funcionamento de lojas de materiais de construção.

Sergipe reabriu as atividades na segunda-feira (29), com a execução do “Plano de Retomada Econômica”. Na capital, Aracaju, por exemplo, o comércio só pode funcionar das 9h às 16h, e igrejas e salões de beleza ficaram fechados. A taxa de ocupação de UTIs estado ontem estava em 74%.

Já em Teresina, no Piauí, amanhã tem início um pequeno lockdown de quatro dias, que vai até o domingo. Durante esse período haverá restrição de algumas atividades para conter o avanço da Covid-19 e preparar a cidade para a retomada das atividades econômicas a partir do dia 6. No estado, 76% dos leitos de UTI estavam ocupados ontem.

Em Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) anunciou ontem a prorrogação, por mais sete dias, dos decretos que suspendem as atividades na capital da Bahia — estado que está com 78% dos leitos de UTI ocupados.

www.cut.org.br

 

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