Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Centrais Sindicais: Pela vida, emprego e democracia

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Governo Federal tem má vontade e impede que propostas de Centrais Sindicais tenham espaço

Confira a nota divulgada pelas Centrais Sindicais com o título: Defender a renda, o emprego, a vida, a democracia

Nota

Atravessamos uma gravíssima crise sanitária. E o Brasil, nas mãos de um Governo Federal que se nega a seguir as orientações da OMS, ostenta a vergonhosa segunda posição no ranking global de número de mortes!

Quem paga o alto preço por essa irresponsabilidade é a população mais vulnerável, os trabalhadores/as, os mais pobres, as mulheres, os negros e os povos indígenas.

Por isso, o movimento sindical está na linha de frente dessa luta!

Lutamos para aumentar os míseros 200 reais de auxílio emergencial proposto pelo governo, e ganhamos essa batalha com o Congresso Nacional, alcançando o valor de 600 reais (embora o governo ainda queira diminuir esse valor e esteja criando dificuldades para realizar os pagamentos daqueles que tem direito).

Defendemos proteger o emprego e a renda através de acordos sindicais decididos pelos próprios trabalhadores em assembleias. E defendemos subsídios para a manutenção de micro, pequenas e médias empresas.

Temos propostas para a retomada da economia, quando for possível fazê-la garantindo a saúde da população. Propostas voltadas a um desenvolvimento soberano balizado pela justiça social.

Mas boas intenções, como as nossas, têm sido represadas pela má vontade do Governo Federal, que cria, intencionalmente, instabilidades financeiras para trabalhadores, empresas, governos estaduais e prefeituras.

Nosso repúdio à postura retrógrada, elitista, antissocial e autoritária do presidente Jair Bolsonaro! Ele quer nos calar, mas não vamos esmorecer!

Nós, sindicalistas, nos somamos às diversas entidades nacionais que se colocam através de manifestos, em defesa do Brasil e da democracia, defendendo a pauta dos trabalhadores!

Seguimos na luta pela vida, pela democracia, por bons empregos, pela valorização dos salários, pela união nacional e pela construção de um mundo melhor!

São Paulo, 8 de junho de 2020

Sérgio Nobre – Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah- Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo – Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Calixto Ramos – Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto – Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)”

www.ctb.org.br

Wagner Gomes – secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Álvaro Egea – secretário geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), e João Carlos Juruna – secretário-geral da Força Sindical

Pela vida, emprego e democracia

Três secretários-gerais de Centrais Sindicais assinam artigo sobre conjuntura nacional, combate ao coronavírus e resistência aos ataques bolsonaristas. Os autores apoiam as manifestações populares e os manifestos por democracia. Também destacam as ações sindicais em defesa da saúde pública e apoio aos informais.

Wagner Gomes, João Carlos Gonçalves (Juruna) e Álvaro Egea escrevem: “Desde o início da pandemia, condenamos manifestações de rua por apoiadores do governo, porque, além das bandeiras antidemocráticas, elas desdenham da crise sanitária, provocam aglomerações e ajudam a disseminar o vírus”. Mais adiante: “Condenamos o fato do próprio Bolsonaro participar de manifestações sem máscara e estabelecendo contato físico com manifestantes. Ele está, a um só tempo, apoiando ataques à democracia e contrariando a Organização Mundial de Saúde”.

Investimentos – Para os sindicalistas, “Bolsonaro e seu governo têm obrigação de investir na saúde e na sustentação econômica do povo durante a pandemia”. Os secretários-gerais se dirigem ao campo progressista: “Se deflagramos manifestações de rua, como vamos fazer essa cobrança tão essencial?”

União – Assim encerram o artigo: “Os movimentos experientes e organizados devem manter sua postura na luta contra a pandemia e em defesa do SUS, do Auxílio Emergencial aos trabalhadores e financiamento das pequenas empresas, em respeito aos trabalhadores e suas instituições e pela união nacional. Esta é hoje a principal ação de combate aos retrocessos do governo Bolsonaro”.

Leia Artigo Completo

Durante a quarentena para contenção do coronavírus, várias manifestações sociais e populares foram realizadas de forma criativa, respeitando o isolamento social.

Nós, do movimento sindical, estamos em plena atividade. Lutamos para aumentar os míseros R$ 200,00 do Auxílio Emergencial proposto pelo governo, e ganhamos essa batalha alcançando um Auxílio de R$ 600,00, que ainda não é o ideal, mas é muito mais do que a proposta inicial. Realizamos um inovador e importante ato unificado no 1º de Maio, trazendo para o mesmo palanque líderes de diversas correntes, como Lula, Fernando Henrique, Marina Silva e Ciro Gomes. E, além disso, iniciamos, com todas as Centrais, uma campanha contra os retrocessos do governo Bolsonaro.

Desde o início da pandemia, condenamos, com razão, manifestações de rua promovidas por apoiadores do governo, porque, além de levantar bandeiras antidemocráticas, elas desdenham da crise sanitária e provocam aglomerações, ajudando a disseminar o vírus.

Condenamos, sobretudo, o fato de o próprio presidente Bolsonaro participar de muitas destas manifestações, sem o uso de máscara de proteção e estabelecendo contato físico com os manifestantes. Com isso, ele está, em um só tempo, apoiando ataques à democracia e contrariando as orientações da Organização Mundial de Saúde.

Nesta primeira quinzena de junho de 2020, ainda está em vigor a necessidade de lutar pela quarentena. Hoje, quando o Brasil ultrapassa o macabro índice de 30 mil mortos pelo coronavírus, impõe-se a necessidade de lutar, antes de tudo, pela vida e para conter o vírus.

Por isso afirmamos que Bolsonaro e seu governo têm a obrigação de investir na saúde e na sustentação econômica do povo brasileiro durante a pandemia. Mas, se nosso campo provoca a deflagração de manifestações de rua, como vamos fazer essa cobrança tão essencial?

Temos ouvido, conversado e lido muitos argumentos favoráveis e contrários sobre este assunto. Compreendemos que é angustiante para os progressistas, democratas e todas as pessoas que querem o bem do Brasil se manter em quarentena, enquanto os bolsonaristas mantêm um ritmo semanal de manifestações, ainda que diminutas. Mas ceder a este impulso agora é destruir a campanha que construímos de combate à propagação do vírus, pela vida e pelo emprego.

Vale a pena destacar, neste grande debate, a questão das notas de repúdio, manifestos e cartas abertas em defesa da democracia. A efervescência das ruas tem criado um falso contraste com esse tipo de produção, injustamente tachados de comodismo e inação. Isso não é verdade. Somadas às manifestações criativas, ações, negociações, e também a ações de rua, quando for seguro realizá-las, as notas nos ajudam tanto a saber a posição de cada entidade quanto a amadurecer e definir a posição da entidade que representamos. E esta elaboração nos guia e nos dá unidade na ação.

Desta forma, concluímos que os movimentos experientes e organizados devem manter sua postura na luta contra a pandemia e em defesa do SUS, em defesa do auxílio emergencial aos trabalhadores e financiamento das pequenas empresas, em respeito aos trabalhadores e suas instituições e pela união nacional. Esta é hoje a principal ação de combate aos retrocessos do governo Bolsonaro.

www.agenciasindical.com.br

 

 

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