A tese desses pesquisadores é de que a quarentena, para ser realmente eficaz, precisa ser “inteligente e descentralizada”. Isso significa que as medidas de isolamento devem ser planejadas de acordo com a situação de cada cidade, levando em conta uma rede complexa de dados – desde o número de leitos de UTI disponíveis na região até a quantidade de ônibus que circulam na cidade, o número de escolas e a posição geográfica de cada uma delas. Eles condensaram tudo isso em um algoritmo que demora, em média, um dia para fazer cálculos hipotéticos e tentar prever a evolução da doença em cada município. É uma ferramenta que pode ser usada pelos governos estaduais para monitorar a situação em diferentes regiões e, com isso, endurecer ou abrandar a quarentena conforme as necessidades, sejam elas epidemiológicas ou econômicas.