Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Isolamento Social – Juíza atende MPF e manda suspender campanha ‘O Brasil Não Pode Parar’

A campanha foi lançada pelo governo federal (foto: Reprodução)
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O descumprimento da ordem está sujeito à multa de R$ 100 mil

A juíza plantonista Laura Bastos Carvalho, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF) e ordenou a União a suspender a campanha ‘O Brasil Não Pode Parar’, que prega o fim do isolamento social e a reabertura do comércio.

A decisão manda o Planalto a se abster de veicular por rádio, televisão, jornais, revistas, sites ou qualquer outro meio físico ou digital as peças publicitárias da campanha ou qualquer outra mensagem que sugira à população “comportamentos que não estejam estritamente embasados em diretrizes técnicas, emitidas pelo Ministério da Saúde, com fundamento em documentos públicos, de entidades científicas de notório conhecimento no campo da epidemiologia e da saúde pública”. “O descumprimento da ordem está sujeito à multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por infração”, determina a magistrada.

A campanha ‘O Brasil Não Pode Parar’ defende a flexibilização do isolamento para um modelo “vertical”, na qual apenas idosos e pessoas do grupo de risco do novo coronavírus ficam em casa. A iniciativa é parte de estratégia de comunicação do Planalto iniciada com o pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, na última terça, 24, na qual defendeu que o restante da população volte a transitar livremente, reabrindo o comércio

A proposta vai na contra-mão de recomendação de órgãos de saúde, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda a quarentena e o isolamento social como medidas de prevenção ao novo coronavírus. No Brasil, já foram registrados 3.417 casos confirmados de covid-19 e 97 mortes em apenas um mês da pandemia

Os números, no entanto, podem ser ainda maiores, visto que o universo apresentado pelo Ministério da Saúde engloba somente quem foi testado para a doença – no Brasil, apenas casos graves passam pelo teste para coronavírus.

O Ministério Público Federal apresentou ação civil pública contra a União após as primeiras publicações da campanha ‘O Brasil Não Pode Parar’ serem divulgadas nos perfis oficiais do governo – que afirmou se tratar de conteúdo de “caráter experimental”.

Na ação, os procuradores afirmam que “está demonstrado com solidez que a campanha veicula publicidade enganosa, violadora do caráter meramente informacional imposto pela Constituição Federal, ao difundir, sem evidências científicas sólidas e em desconformidade com o consenso técnico e as recomendações internacionais sobre a matéria, a desnecessidade de medidas de isolamento social abrangente (‘horizontal’) para administração da intensidade do contágio pelo coronavírus”.

“Dessa forma, é imprescindível que a referida campanha seja cessada e uma divulgação de nota oficial esclarecendo que a mesma não está cientificamente apoiada e desaconselhando a população a aderir à sua mensagem”, afirma a Procuradoria.

www.correiobraziliense.com.br / Agência Estado

Secom apaga postagem e diz que campanha “O Brasil não pode parar” é fake news

Resposta da secretaria vem após decisão judicial proibindo a campanha por colocar em risco a saúde da população

A Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) afirmou neste sábado (28) que “definitivamente” não há “qualquer campanha publicitária ou peça oficial” do órgão intitulada “O Brasil não pode parar”. Na noite desta sexta-feira (27), duas publicações com o mesmo slogan foram deletadas de perfis oficiais do governo federal nas redes sociais.

Em nota, a Secom afirma que a informação de que havia uma campanha publicitária nesse sentido “trata-se de uma mentira, uma fake news divulgada por determinados veículos de comunicação”.

“Não há qualquer veiculação em qualquer canal oficial do Governo Federal a respeito de vídeos ou outras peças sobre a suposta campanha. Sendo assim, obviamente, não há qualquer gasto ou custo para a Secom, já que a campanha não existe”, diz a nota do órgão, de acordo com O Globo.

A resposta da Secom vem após liminar expedida pela Justiça Federal do Rio de Janeiro determinando que o governo federal deixe de veicular em meios de comunicação a campanha publicitária, que defende a suspensão do isolamento social como estratégia para o combate à covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

A juíza responsável pelo caso, Laura Bastos Carvalho, argumenta que a campanha que incentiva o fim do isolamento põe em risco do direito constitucional da população à saúde e que sua adoção pode levar a um colapso da rede de saúde.

Na mensagem, que acompanhava uma imagem com a frase “O Brasil não pode parar”, a Secretaria de Comunicação argumenta que a maior parte das mortes causadas pelo coronavírus são de idosos, ignorando o fato de que os mais jovens podem, muitas vezes, não apresentarem sintomas, e por isso o isolamento é recomendado para todos, e não somente para os grupos de risco.

www.revistaforum.com.br

 

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