Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Diretores fazem trabalho de base distribuindo jornal do Sinposba

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Os diretores do Sinposba, Edmilson Santos, Daniel Souza e Márcio Sousa,  Antonio José Santos, estão nos postos, em Salvador, distribuindo o jornal nº137 da entidade, conversando com os colegas sobre a necessidade de mobilização da categoria contra a implantação do autosserviço – self servise, que prejudica a categoria e o consumidores.

A mobilização da nossa categoria e o debate sobre os quatros projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional sobre a implantação nos postos de combustíveis do autosserviço ou self service – bombas operadas pelo próprio consumidor, voltaram à nossa pauta com força total, e conta com forte oposição do Sinposba, da Fenepospetro e demais sindicatos em todo o País, para barrar essa investida; que pode significar a demissão de mais de 500 mil frentistas, comprometer a segurança dos locais de trabalho e aumentar o número de pessoas expostas ao benzeno.

Projetos gananciosos

Fruto da luta da Federação Nacional dos Empregados em Posto de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo – Fenepospetro e dos Sindicatos em todos os estados, a Lei 9.956/2000, que proíbe o autoatendimento em todo o Brasil e garante milhares de empregos, é ameaçada por “projetos gananciosos e que só visam o lucro dos empresários do setor de revenda de combustíveis, que não querem arcar com o custo social dos direitos da nossa categoria,” afirmou o presidente do Sinposba, Antonio do Lago.

Motivos para ser contra

Em audiência pública, 2/12, promovida pelo deputado Niltinho a pedido do Sinposba, na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, Antonio do Lago elencou 4 motivos, comungados com demais sindicatos de frentistas para a categoria e a sociedade serem contra o self servise, bem como os projetos do governo Bolsonaro que prejudicam a classe trabalhadora, entre eles o mais recente Projeto Verde e Amarelo, que aumenta, ainda mais, as perdas de direitos trabalhistas.

1. Demissão em massa no setor

A proposta pode resultar em demissão massiva porque torna a função do frentista dispensável. A medida, caso aprovada, coloca em risco o emprego de cerca de 500 mil trabalhadores e trabalhadoras em postos de combustíveis em todo o país, de acordo com estimativa da Fenepospetro.

2. Riscos ao consumidor

Sem a figura do frentista, o manuseio da bomba será de responsabilidade do próprio consumidor. Entretanto, o contato direto com combustíveis se configura como atividade de alto risco, que só deve ser executada por profissionais treinados e qualificados. Além de inflamável, a gasolina contém benzeno, tolueno e xileno — substâncias nocivas à saúde humana, por isso especialistas apontam que são imensuráveis os riscos que o consumidor estará exposto ao manusear uma bomba.

3. Segurança do local

Imagine você sozinho, dirigindo a noite por uma rodovia deserta e seu carro começa a manifestar sinais estranhos. Onde procurar ajuda? Seja para acionar o seguro, buscar uma oficina, uma dica ou simplesmente esperar amanhecer, você certamente pensou em um posto, não é? Mas será seguro esse lugar sem a presença dos trabalhadores? Os postos de combustíveis têm um papel importante na construção do Brasil e são locais de referência social.

4. Aumento das filas

Outra alegação daqueles que defendem a implementação do autoatendimento nos postos de combustível é que a medida reduziria as eventuais filas para atendimento. No entanto, é óbvio que uma pessoa sem treinamento pode levar muito mais tempo para abastecer do que um profissional capacitado.

Demissão não reduz preço

Georgina da Silva Dias, supervisora técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômico-DIEESE, na audiência na Alba, afirmou com dados, que “o mau desempenho da economia brasileira afetou diretamente o nível de emprego do setor do Comércio, e que também foi possível verificar um movimento de redução dos postos formais de emprego no segmento de comércio varejista de combustíveis.” Ela refuta o argumento dos autores dos projetos e dos empresários, de que a demissão dos frentistas vai reduzir o preço dos combustíveis exemplificando: “Com os bancos, uma grande parte dos serviços são feitos através do autosserviço, mas as tarifas bancárias não diminuíram. A tecnologia não tem reduzidos os preços”, garantiu.

Só a luta conquista!

A Fenepospetro divulgou que está sendo realizado em âmbito nacional e nos estados um trabalho profundo com o objetivo de impedir o avanço de tais projetos, com grande articulação no Congresso Nacional de dirigentes sindicais frentistas de todo o País. “Aqui na Bahia estamos em contato com deputados estaduais, federais e senadores e intensificamos nossa mobilização nos locais de trabalho, para mostrar nossa indignação, sensibilizar a população sobre os riscos e defender nossos empregos,” frisou o presidente do Sinposba.

 

 

 

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