Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Dieese destaca piora nas condições de trabalho no País

Clemente Ganz Lúcio é sociólogo e diretor técnico do Dieese.
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A gravíssima recessão de 2014/2016 derrubou a economia brasileira e destruiu milhões de empregos. Cinco anos depois do início desta séria crise, há no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 12,4 milhões de desempregados, quase 65 milhões de pessoas em idade ativa fora da força de trabalho, aproximadamente 12 milhões de assalariados sem Carteira assinada, cerca de 25 milhões de autônomos e trabalhadores por conta própria, grande parte sem proteção laboral e social, mais de 27 milhões de trabalhadores subutilizados.

A precarização dos postos de trabalho cresce de forma acelerada e irrestrita. A insegurança no emprego aumenta entre os trabalhadores. O mundo do trabalho no Brasil torna-se cada vez mais frágil e a vida mais difícil.

De acordo com o Índice da Condição de Trabalho do Dieese (ICT), que mensura a qualidade das ocupações e a dinâmica do fenômeno de precarização do mercado de trabalho brasileiro, houve uma piora entre o 2º e o 3º trimestres de 2019. Foi registrada leve redução do desemprego, mas isso aconteceu somente por causa da criação de vagas informais e precárias. O que se observou foi um forte e amplo movimento de deterioração dos postos de trabalho e de queda dos rendimentos (ver www.dieese.org.br).

Os resultados podem ser vistos no Gráfico 1, que compara os indicadores para o 2º e 3º trimestres de 2019, e no Gráfico 2, que traz os mesmos números para os anos de 2012 a 2019, período ao longo do qual se observa a entrada do mundo do trabalho no precipício da precarização.

Inovando cada vez mais, nesta semana, o Dieese divulgou quadros comparativos entre os resultados nacionais e os de cada unidade da Federação. Abaixo, a comparação entre os números do País e os do Estado de São Paulo.


Tomando-se a média Brasil, São Paulo aparece com os melhores resultados em todas as dimensões, justamente por ser o estado com a mais robusta economia do País. Ao se observarem os quadros comparativos para as demais unidades da Federação, as dramáticas desigualdades no mundo do trabalho aparecem.

Há um desafio estrutural para o movimento sindical: atuar de maneira contínua e estratégica em relação às múltiplas formas precárias de ocupação, criando mecanismos e políticas de proteção laboral e social.

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