Lázaro Souza, secretário de Finanças, participou, representando o Sinposba, nesta terça-feira, 10 de dezembro, em Brasília, de audiência pública sobre os impactos do autosserviço em postos de combustíveis, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. O encontro foi proposto do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB Bahia).
Para o deputado Daniel Almeida a audiência pública buscou debater sobre a regulamentação do autosserviço de abastecimento em postos de combustíveis. “Nosso intuito é dialogar e ouvir todos os envolvidos no tema e buscar entender melhor quais serão os impactos das aprovações dos PLs 2302/19, 2792/19, 3864/19 e 4916/19 para o consumidor e para os trabalhadores do setor.
O presidente da #Fenepospetro, Eusebio Pinto Neto, contestou a fala do deputado Vinicius Poit, do NOVO-SP, e de Kim Kataguri, do DEM-SP, de que a profissão de frentista deriva da falta de opção por um outro tipo de trabalho. Ele esclareceu que as habilidades exibidas pela categoria no trato diário com o público, e no operacional de alta periculosidade do ambiente dos postos são resultantes de treinamentos contínuos e do bom nível de qualificação dos trabalhadores, muitos dos quais com grau superior de escolaridade.
“O frentista é mais que só um operador, ele é um amigo que enxerga muitas vezes o que o próprio motorista não vê. Quero dizer que a bandeira em defesa do emprego dos frentistas encontrará respaldo em todas as Bancadas de deputados. Ninguém vai aceitar que, num momento em que mais de 14 milhões de pessoas estão sem trabalho, se mexa com o emprego de quem presta serviço de excelência à sociedade.” – Dep. Mauro Pereira (MDB-RS).
A deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) criticou os projetos debatidos em audiência pública na Comissão de Trabalho (Ctasp), que vão retirar mais de 500 mil oportunidades de trabalho nos postos de abastecimento de combustíveis. “O autosserviço nas bombas é um engodo que visa somente o lucro, assim como a reforma trabalhista e a cobrança pelo despacho de bagagens ocorridas nos aeroportos. O que fazer com mais de 500 mil trabalhadores e trabalhadoras que vivem dessa renda?”, disse Marcivânia.
