Enquanto o Brasil privilegia o andar de cima da pirâmide social, os trabalhadores penam diante do cenário regressivo do país. Apesar de não consumirem na mesma medida, o pobre e o rico compartilham da mesma política tributária.
Para se ter uma ideia, os ricos, que possuem rendimento de US$ 1,5 milhão (R$ 6,2 milhões) por ano, pagam os mesmos 27,5% de impostos que os pobres. Os menos abastados, por sua vez, recebem anualmente cerca de US$ 250 mil (R$ 1,03 milhão) e pagam US$ 68,6 mil (R$ 288,6 mil) em tributos.
A perversidade é tamanha que a taxa tributária só incide sobre os salários, resultando na contribuição cada vez menor do grande capital. De acordo com especialistas, ao receber R$ 6,2 milhões, o cidadão que está no topo da pirâmide, não embolsa na forma de rendimentos. Pelo contrário.
O valor chega na forma de dividendos, que são isentos, e em aplicações financeiras, que pagam 15% de LCI e LCA, que também são isentos. Então acabam não pagando o mesmo que o povo.
Diante deste quadro de desigualdades, o governo Bolsonaro não faz nada. Aliás, só piora, insistindo em cobrar o mesmo montante para ambos os grupos sociais. A postura perversa gera um sistema financeiro onde os ricos ficam cada vez ficam mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Triste realidade.
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